sábado, 1 de julho de 2017

Breve História da Música

"Desde que o homem habita ali tem música.
Mas também os animais, os átomos e as estrelas fazem a música."
Karlheinz Stockhausen.

Podemos dividir a História da Música em períodos distintos, cada qual identificado por um estilo. É claro que um estilo musical não se faz da noite para o dia. É um processo lento e gradual, sempre com os estilos sobrepondo-se uns aos outros. Mas, para efeito de classificação, costuma-se dividir a História da Música do Ocidente em seis grandes períodos:

Música Medieval até cerca de 1450
Música Renascentista 1450 - 1600
Música Barroca 1600 - 1750
Música Clássica 1750 - 1810
Música Romântica 1810 - 1910
Música do Século XX - de 1900 em diante

Mas antes do período da música Medieval devemos citar o período pre-histórico.
As primeiras imitações sonoras do homem da pré-história, foram unicamente através do som dos movimentos corporais acompanhados de sons vocais, eles pretendiam completar a possessão do animal na sua essência, a sua alma.

Quando o ser humano tomou consciência de si, procurou as respostas do que não entendia: as primeiras respostas foram mágicas, com as crenças espirituais apareceram as religiões. Para algumas culturas a música teve uma origem divina, porque acreditavam que os sons foram-lhes dados por uma divindade. No entanto, a música tinha uma correspondência direta com o cosmos e com o movimento dos planetas. Assim apareceram as primeiras lendas sobre a sua origem.

Somente através do estudo de sítios arqueológicos podemos ter uma ideia do desenvolvimento da música nos primeiros grupos humanos. A arte rupestre encontrada em cavernas dá uma vaga ideia desse desenvolvimento ao apresentar figuras que parecem cantar, dançar ou tocar instrumentos. Fragmentos do que parecem ser instrumentos musicais oferecem novas pistas para completar esse cenário. No entanto, toda a cronologia do desenvolvimento musical não pode ser definida com precisão. É impossível, por exemplo, precisar se a música vocal surgiu antes ou depois das batidas com bastões ou percussões corporais. Mas podemos especular, a partir dos desenvolvimentos cognitivos ou da habilidade de manipular materiais, sobre algumas das possíveis evoluções na música.

Na sua "História Universal da música", Roland de Candé nos propõe a seguinte sequência aproximada de eventos:

Antropóides do terciário - Batidas com bastões, percussão corporal e objetos entrechocados.
hominídeos do paleolítico inferior - Gritos e imitação de sons da natureza.
Paleolítico Médio - Desenvolvimento do controle da altura, intensidade e timbre da voz à medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam, culminando com o surgimento do Homo sapiens por volta de 70.000 a 50.000 anos atrás.
Cerca de 40.000 anos atrás - Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza. Desenvolvimento da linguagem falada e do canto.
Entre 40.000 anos a aproximadamente 9.000 a.C - Criação de instrumentos mais controláveis, feitos de pedra, madeira e ossos: xilofones, litofones, tambores de tronco e flautas. Um dos primeiros testemunhos da arte musical foi encontrado na gruta de Trois Frères, em Ariège, França. Ela mostra um tocador de flauta ou arco musical. A pintura foi datada como tendo sido produzida em cerca de 10.000 a.C.
Neolítico (a partir de cerca de 9.000 a.C) - Criação de membranofones e cordofones, após o desenvolvimento de ferramentas. Primeiros instrumentos afináveis.
Cerca de 5.000 a.C - Desenvolvimento da metalurgia. Criação de instrumentos de cobre e bronze permitem a execução mais sofisticada. O estabelecimento de aldeias e o desenvolvimento de técnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na divisão do trabalho permitem que uma parcela da população possa se desligar da atividade de produzir alimentos. Isso leva ao surgimento das primeiras civilizações musicais com sistemas próprios (escalas e harmonia).
Dança de Cogul. Imagem encontrada em Cogul, Espanha. Mostra a dança das mulheres em torno de um homem nu.


Segundo Roland de Candé, para que o amador inadvertido deixe de ser mistificado pelo expert, para que a grande música perca seus privilégios de rito aristocrático, é preferível examinar escrupulosamente os princípios e as funções, permitindo a cada um separar o que há de essencial em todo um amontoado de convenções e de luxos culturais. Não são as biografias romanceadas, os catálogos de obras, as análises harmônicas, nem algumas migalhas de ciência esotérica que podem garantir à música, como saber, o seu lugar na civilização.


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