domingo, 17 de dezembro de 2017

ADEUS para O Rappa?





O álbum mais recente foi , "Acústico Oficina Francisco Brennand", o quarto trabalho ao vivo deles, de 2016. O disco mais recente de inéditas foi "Nunca tem fim..." (2013). 
Veja abaixo o texto divulgado na página da banda no Facebook:

"Salve família!

Desde que voltamos aos palcos, em outubro de 2011, vivemos experiências incríveis. Talvez as mais importantes desses mais de 20 anos de carreira. Viajamos o Brasil de ponta a ponta, lançamos dois discos, emendamos quatro turnês internacionais que incluíram um Lollapalooza nos EUA, mais de dez datas na Europa, três na Austrália e uma na Nova Zelândia.
Vimos nossos fãs crescerem, construírem famílias e trazerem filhos e netos para os shows.
Além disso, nossas redes sociais nos aproximaram de vocês, os fãs mais “crazy” do planeta!
Mas chegou a hora de dizer que vamos parar e, desta vez, sem previsão de volta.
A boa notícia é que vamos terminar esta turnê. Os shows estão confirmados até fevereiro de 2018.
Esperamos ver todos nossos fãs nestes shows. Fiquem ligados na nossa agenda.
O nosso muito obrigado a cada um de vocês pelo carinho e dedicação de sempre!

Marcelo Falcão, Marcelo Lobato, Lauro Farias e Xandão Meneses."
Fonte: G1



O Rappa teve sua formação em 1993 no Rio de Janeiro. É notável por suas letras de forte cunho social em uma mescla de rock, reggae, rap e MPB.
Não fizeram muito sucesso com seu álbum de estreia, mas alcançou fama nacional com o segundo disco RAPPA MUNDI, lançado em 1996. Em 2001, perderam seu baterista e principal letrista, Marcelo Yuka, quando este se tornou paraplégico após ser baleado em um assalto. Com o instrumento assumido pelo tecladista Marcelo Lobato e as letras de Marcos Lobato, O Rappa se manteve na atividade, lançando o disco O Silêncio Q Precede O Esporro em 2003 e permanecendo como uma das bandas mais aclamadas do rock brasileiro. O Rappa já vendeu mais de 5 milhões de cópias de seus trabalhos em todo o mundo.

Em 1993, foi montada uma banda às pressas para acompanhar o cantor Papa Winnie em suas apresentações no Brasil. Formada por Nelson Meirelles, na época produtor do Cidade Negra e de vários programas de rádios alternativas do Rio de Janeiro; Marcelo Lobato, que havia participado da banda África Gumbe; Alexandre Menezes, o Xandão, que já havia tocado com grupos africanos na noite de Paris e Marcelo Yuka, que tocava no grupo KMD-5. Após essa série de apresentações como banda de apoio do cantor, os quatro resolveram continuar juntos e colocaram anúncio no jornal O Globo para encontrar um vocalista. Dentre extensa lista de candidatos, Marcelo Falcão foi o escolhido.



Mesmo já tendo uma apresentação agendada no Circo Voador, o grupo não tinha nome. Cogitaram "Cão Careca" e "Batmacumba", e após ver no jornal a expressão "rapa", que designa o ato em que policiais interceptam camelôs, se empolgaram com o termo. Segundo Falcão, "era perfeito. Gíria de rua, coisa da rua: o que nós somos. Colocamos o artigo 'O' e mais um p, para ficar mais forte". Um exemplo de a palavra rapa ser aplicada aos caçadores de camelôs pode ser encontrado na canção "Óia o rapa!" na composição de Lenine e Sérgio Natureza, gravada pela banda no CD Rappa Mundi. Finalmente, com Falcão na voz, Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra, Nelson Meireles no contra-baixo e Marcelo Lobato no teclado, estava formado O Rappa. Em 1994, lançaram seu primeiro disco, que levou o nome da banda. O Rappa não obteve muito sucesso e foi o único disco com a presença de Nelson Meirelles, que abandonou a banda por motivos pessoais. Com a saída de Nelson Meireles, Lauro Farias, que tocava com Yuka no KMD-5, assumiu o contrabaixo. Em 1996, foi lançado Rappa Mundi, que praticamente introduziu a banda no cenário nacional e quase todas as canções foram sucesso. Entre elas, "Pescador de Ilusões", "A Feira", "Miséria S.A.", "Ilê Ayê", "O Homem Bomba", a regravação de "Vapor Barato" que ficou conhecida na voz de Gal Costa e a versão em português para o sucesso de Jimi Hendrix, "Hey Joe". Depois de três anos sem um álbum novo, em 1999 vem a público Lado B Lado A. Com letras "mais fortes" que o anterior, mostra o amadurecimento da banda e revela Yuka como letrista de alto nível em canções como "Minha Alma (a paz que eu não quero)", "O Que Sobrou do Céu", "Me Deixa" e "Lado B Lado A", além de Tribunal de Rua, que narra história baseada em fato real, conhecido na mídia como "Rambo, o torturador", que foi a capa da revista Veja de 9 de abril de 1997. Os videoclipe das duas primeiras foram premiadíssimos no Video Music Brasil, tornando-se sucesso nacional.



Em 2000, O Rappa causou "comoção pública e muita indignação" entre diversas bandas no Rock in Rio que ocorreria no ano seguinte, protestando contra a organização em especial com o horário de show, antes do Deftones. Foram retaliados com exclusão, e 5 bandas brasileiras saíram do festival em protesto (Skank, Raimundos, Jota Quest, Cidade Negra e Charlie Brown Jr.

Em novembro de 2000, o baterista Marcelo Yuka foi vítima direta da violência urbana, ao ser baleado durante tentativa de assalto, ficando paraplégico e assim impossibilitado de tocar bateria. Lobato assumiu o instrumento (deixando para seu irmão Marcos Lobato, contribuinte do O Rappa, os teclados, este não entrou oficialmente para a banda) e O Rappa voltou a tocar. Mesmo debilitado, o baterista voltou ao grupo e no mesmo ano lançaram o disco Instinto Coletivo, com um show gravado em 2000, ainda com Yuka na bateria e três inéditas de sua autoria. Yuka desligou-se da banda deixando inimizade com os outros companheiros, alegando ter sido expulso por não concordar com o novo rumo que a banda vinha seguindo. Yuka fundou outro grupo, F.ur.t.o (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), que faz parte de um projeto social homônimo, que, segundo Yuka, era algo maior do que O Rappa o possibilitava. A dedicação de Yuka ao projeto F.ur.t.o. pode ser vista mesmo durante sua estadia n'O Rappa: ele aparece com uma camiseta preta com o nome F.ur.t.o. em branco durante o videoclipe "Minha Alma (A paz que eu não quero)" vídeo clipe que deu toda a projeção ao O Rappa como movimento social e não somente uma banda de rock.



A banda decidiu seguir sem Yuka, com Lobato se tornando o baterista titular, e seu irmão Marcos se tornou músico de apoio nos teclados. Após cogitarem o poeta Waly Salomão como letrista, a morte deste fez Marcos Lobato assumir as letras. O primeiro disco reformulado foi O Silêncio Q Precede O Esporro , lançado em 2003, com diversas canções de sucesso como "Reza Vela", "Rodo Cotidiano" e "O Salto". Em seguida foi lançado o DVD homônimo, gravado ao vivo no Olimpo, Rio de Janeiro. Em 2005, atendendo a convite por parte da MTV Brasil, a banda gravou o especial Acústico MTV com participação de Maria Rita - que havia gravado "A Minha Alma" em um de seus discos - em "O que sobrou do céu" e "Rodo Cotidiano", e Siba, do Mestre Ambrósio, na rabeca em algumas canções. O disco também rendeu um DVD com algumas canções além das presentes no CD. No dia 7 de julho de 2007, O Rappa realizou um concerto na etapa brasileira do festival Live Earth no Rio de Janeiro. Em 2008, lançaram o álbum 7 Vezes. A faixa escolhida para primeiro single, "Monstro Invisível", chegou as rádios no dia 8 de julho e fez muito sucesso, sendo bastante executada. Destaque também para o segundo single, "Meu Mundo é o Barro" e o terceiro single "Hóstia". Em 22 de agosto de 2009, O Rappa fez um show na favela da Rocinha, que rendeu outro DVD. Em 2008, Marcelo Lobato voltou a assumir os teclados, Cleber Sena, que já tocava com a banda na percussão, assume a bateria até sua saída em 2013. Após a saída deste, Felipe Boquinha assumiu as baquetas.



Seguiram-se dois anos de pausa, explicados pelos músicos como necessidade de descansar após 15 anos na estrada. O Rappa voltou a tocar junto com shows na Marina da Glória em outubro 2011. Em 2013 lançam novo álbum intitulado Nunca Tem Fim..., com músicas como "Anjos (Pra Quem Tem Fé)" “Fronteira (D.U.C.A.)” e "Auto-Reverse", com o qual 3 meses após lançamento, certificado de Disco de Ouro é atribuído ao novo álbum.



No dia 3 de maio de 2017, o grupo anuncia no Facebook que após o termino da turnê, em fevereiro de 2018, fará uma pausa 'sem previsão de volta'.

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